Histórico CEAK

Na década de 1980, muitos espíritas osasquenses recorriam às casas da Aliança Espírita Evangélica nas cidades vizinhas, isto porque na cidade de Osasco não havia centros espíritas ligados à entidade. Alguns frequentavam o CEME (Centro Espírita Mansão da Esperança), localizado na zona Oeste da Capital e cursavam lá a Escola de Aprendizes do Evangelho. Foi então que, o espírito empreendedor de alunos da 16ª. Turma da EAE do CEME passou a cogitar a possibilidade de se fundar um local para reuniões espíritas em Osasco.

Muitas eram as dificuldades: não havia local adequado, nem trabalhadores formados na região nem condições financeiras favoráveis, mas o empenho desses fundadores, auxiliados pelo plano espiritual, permitiu que encontrassem um imóvel para locação na rua Gasparino Lunardi, 324, no bairro Km 18. Era uma casa residencial modesta, com sala, dois quartos, cozinha, banheiro e um quintal nos fundos. Ali, depois de reformas e pagamento de aluguéis, com o suor daqueles primeiros colaboradores e com receitas advindas de doações, seria implantada a semente da primeira sede do CEAK.

Enquanto as obras aconteciam, vibrações eram realizadas pela nova casa da Aliança Espírita Evangélica. Os fundadores, com apoio do CEME, organizaram caravanas evangélicas na região para levar a boa nova do Evangelho aos moradores da vizinhança e convidá-los a participar das reuniões espíritas que seriam realizadas naquele local.

Após três meses de intenso trabalho, foi erguido, nos fundos da casa, um galpão que comportava 60 pessoas; os móveis e materiais de estudos foram doados pelo CEME. O nome Allan Kardec fora escolhido por enquete entre os abnegados pioneiros. A responsabilidade era grande, a emoção tremenda.

Assim, aos moldes da Aliança, com preparação, harmonização, orientação espiritual, passes magnéticos e preleção, no dia 6 de agosto de 1984 acontecia a primeira reunião oficial do CEAK. No mesmo ano, com a colaboração de trabalhadores vindos do Grupo Espírita Maria de Magdala, foi iniciado na casa o Estudo Livre de temas espíritas e, no ano seguinte, a Evangelização Infantil e a Escola de Aprendizes do Evangelho.

Como tudo que é novo encontra resistências, o CEAK não conseguiu renovar o contrato de aluguel e enfrentou uma ação de despejo. Apesar da frequência crescente dos assistidos, os proprietários do imóvel optaram por não mais alugar o local para um centro espírita. A luta por um novo espaço começava mais uma vez. A força de todos trabalhadores era requisitada novamente.

Desta vez, a opção seria pelo financiamento de uma propriedade, com um montante em dinheiro para a entrada. A solução encontrada foi o rateio do valor entre os colaboradores. Cada um ajudava como podia. Eventos para arrecadação de fundos passaram a ser organizados: bazares, pizzas, chás, festas e jantares beneficentes.

Depois de perder uma oportunidade de negócio em um local próximo, na rua Vitório Tafarello, finalmente, o grupo batalhador descobriu o endereço da av. Dezenove de Fevereiro, com um terreno grande de 216 metros quadrados de área com uma pequena casa de 77 metros quadrados. A dívida, sem contar as adaptações e reformas, totalizava 161 prestações e foi assumida por um dos fundadores mais ativos.

Assim, após muitas vibrações dos trabalhadores e assistidos, em 19 de fevereiro de 1985, o CEAK mudava-se definitivamente para o endereço próprio. Nada foi fácil, mas, com a colaboração e o envolvimento de todos, foi possível a compra e a quitação da dívida, com a ajuda de um benfeitor anônimo, simpatizante do espiritismo.

Coberto, o quintal transformou-se em salão de preleções, os pequenos aposentos se converteram em salas de passes e de estudos. Até mesmo o banheiro, reaproveitado, virou secretaria. A construção desse salão teve de ser feita em caráter de emergência, pois, durante as obras, os assistidos eram distribuídos nas salas pré-existentes. Para isso, era necessário dois preletores, os quais expunham o tema ao mesmo tempo.

Anos mais tarde, com o crescimento do número de assistidos fazia-se necessária a ampliação das instalações. Foi quando, em 1993, um vizinho se propôs a vender duas casas anexas ao fundo do imóvel, mas os recursos eram escassos. Mais uma vez, a Providência Divina permitiu que um doador adquirisse as duas residências e doasse uma delas ao CEAK. A outra seria repassada posteriormente, em 2009, depois de passado o período da reserva de usufruto vitalício para a antiga moradora. Atualmente, o CEAK conta com uma área total de 330 metros quadrados e, as pequenas casas, hoje utilizadas como salas de estudos, depósito e cozinha devem passar por reformas, transformando as instalações mais apropriadas às atividades da Escola de Aprendizes do Evangelho.